Não basta ensinar ao homem uma
especialidade. Porque se tornará assim uma máquina utilizável, mas não uma
personalidade. É necessário que se adquira um senso prático daquilo que vale a
pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto. A não
ser assim, ele se assemelhará, com seus conhecimentos profissionais, mais a um
cão ensinado do que uma criatura harmoniosamente desenvolvida. Deve aprender a
compreender as motivações dos homens, suas quimeras e suas angústias para
determinar com exatidão seu lugar exato em relação a seus próximos e à
comunidade. Os excessos do sistema de competição e de especialização prematura,
sob o falacioso pretexto da eficácia, assassinam o espírito, impossibilitam
qualquer vida cultural e chegam a suprimir os progressos nas ciências do
futuro. É preciso, enfim, tendo em vista a realização de uma educação perfeita,
desenvolver o espírito crítico na inteligência do jovem.
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